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BIOGRAFIA DO ARTISTA

Paulo Diego, 32 anos (mais conhecido como Risada) é grafiteiro desde os 12 anos de idade, realizando seus trabalhos inicialmente nas ruas da Brasilândia, periferia da cidade de São Paulo, onde nasceu e cresceu, criado pela mãe.

Sua produção foi crescendo, ocupando mais espaços, tomando toda a cidade de São Paulo, quando passou a ser conhecido e reconhecido pelos outros colegas grafiteiros e pelo público no geral. Praça da Sé, Minhocão, Avenida Sumaré, Avenida Paulista, Rua Augusta e outros principais pontos da cidade de São Paulo fazem parte de seu trajeto, que chegou, inclusive, às ruas do Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. Ministrou oficinas e cursos de grafite para adolescentes e jovens, incluindo em situação de liberdade assistida.

Além dos grafites, tem a cenografia teatral como uma de suas maiores paixões, motivo pelo qual se tornou cenotécnico de profissão, ocupando outros espaços na arte. Nos 10 anos que atua na área teatral, realizou diversos espetáculos: no Teatro Oficina, para produtoras como a Manhas e Manias;  além de musicais produzidos pela Chain Produções; para o espetáculo Quartett, que marcou a comemoração do ano da França no Brasil, em 2005; além de colaborar na atuação de atores de referência como José Wilcker, Jô Soares, Gustavo Machado, Débora Duboc, Eri Johnson, Isabelle Huppert, Mel Lisboa, Catarina Abdala, Marilia Pêra, etc.

 Hoje também transporta a arte de rua para as telas e passou a usar o lixo como suporte para algumas intervenções urbanas. Expôs no Espaço e Galeria Acolá, na sede da ONG Ação Educativa, em São Paulo, e na “Exposição 400 ml” na Maison des Metallos, em Paris.

Na mídia, seus grafites aparecem em vídeos de propagandas de Internet de produtos publicitários e na televisão novelas jornal no Beco do Batman, no bairro da Vida Madalena, em clipes de música da banda Vanguart, de Lourdez da Luz e de Anelis Assumpção. Vários blogs vem divulgando sua bibliografia e seu trabalho.

Em novembro de 2016 participou de uma coletiva, projeto In Loco, da Lar Galeria, em São Paulo, junto a nomes como  Chico Chello, Guto Lacaz, Antônio Peticov. Ao qual obteve uma parte em uma coluna escrita por Mônica Bergamo, para o jornal Folha de São Paulo.

Suas obras refletem personagens da multifacetada miscigenação brasileira, expondo sua diversidade nos traços, nas emoções e nas vivências. Rostos coloridos sorriem, se movimentam, falam, gritam, marcando presença constante e expressando suas próprias histórias, numa “visão dualista” que opõe nas faces as contradições da sociedade, espelhando o modo como este artista se relaciona com o mundo: um lado de si olhando pra fora e outro olhando para dentro de si.

Essa ambiguidade vem de sua história pessoal, de menino que via colegas da escola descalços, amigos de infância sendo presos, até se dar conta da desigualdade que o rodeava. A partir dessa sensibilidade, conheceu a cultura de rua, com o hip hop, o skate e, finalmente, o grafite, além de constatar que tal desigualdade era maior e estava em toda a sociedade. A maioria dos antigos amigos foram assassinados envolvidos com o crime de roubo ou tráfico, outros morreram de overdose, além dos que estão presos. Dessa vivência que também participou, traz marcas e a experiência profunda que lhe faz continuar trabalhando, como “válvula de escape”.

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